Em harmonia instintiva, os animais agem em sua natureza regidos por 
leis biológicas. Um mamífero, que faz parte de um grupo “superior”, 
também age por instintos, entretanto, desenvolve comportamentos mais 
flexíveis e lógicos. Ao deparar-se com situações problemáticas, os 
mamíferos são capazes de encontrar soluções, após analisar a situação, 
porque utilizam da inteligência.
 A experiência vivida mostra que a capacidade de lembrar e corrigir 
erros são o grande diferencial do mamífero. Porém, nem todos os 
mamíferos desenvolvem sua capacidade cerebral igualmente. 
          
 O Homem é o ser que melhor agrupa informações e experiências em sua 
memória. A inteligência existe em todos os seres deste grupo, 
entretanto, é o saber que torna o ser humano diferente. Só o homem é transformador da natureza, e o resultado desta transformação chama-se Cultura.
  Mas, para produzir cultura, o homem precisa da linguagem simbólica. Os
 símbolos são invenções humanas por meio das quais o homem pode lidar 
abstratamente com o mundo que o cerca. A linguagem introduz o homem no 
tempo, porque permite que ele relembre o passado e antecipe o futuro 
pelo pensamento. Isso é o que chamamos de produção histórica. Ao fazer 
uso da linguagem simbólica, o homem torna possível o desenvolvimento da técnica e, portanto, do trabalho humano.
          
 A linguagem simbólica e o trabalho constituem, assim, os parâmetros 
mais importantes para distinguir o homem dos animais. Ao definir 
trabalho humano, assinalamos um binômio inseparável: o pensar e o agir. A
 própria condição humana é de ambigüidade.
        Quando nos referimos ao homo sapiens, enfatizamos a característica humana de conhecer a realidade, de ter consciência do mundo e de si mesmo. A denominação homo faber
 é usada quando nos referimos à capacidade de fabricar utensílios, com 
os quais o homem se torna capaz de transformar a natureza. Pensar e agir
 são inseparáveis, isto é, o homem é um ser técnico porque tem 
consciência, e tem consciência porque é capaz de agir e transformar a 
realidade. Ao fabricar um utensílio, o homem pré-histórico criara um 
prolongamento do próprio corpo: o arco e a flecha o manterão o mais 
longe possível da caça, por exemplo. Em breve, ele não matará apenas 
para sobreviver. Há o assassinato, a consciência da morte, a dor e 
também o prazer de matar o inimigo.
Analisar a Pré-História é observar um percurso que vai girando no tempo e desemboca nas Civilizações, nas cidades, no Estado Monárquico, nas guerras, nas artes. No continente africano foi descoberta a mais antiga ferramenta de pedra de que se tem notícia: uma faca de aproximadamente 2 milhões 600 mil anos de idade. Ela foi produzida pelo Australopithecus, primeira espécie a estabelecer o diálogo entre a mão e o cérebro, a transformar uma coisa em ferramenta. Esse período inicial de produção de ferramentas rudimentares de pedra é chamado de Paleolítico.
No Paleolítico, os grupos humanos eram nômades e viviam da pesca, da coleta de frutos e da caça aos pequenos animais para conseguir alimentos. Nessas sociedades não havia necessidade de força física para a sobrevivência, e nelas as mulheres possuíam um lugar central. A comunidade coletiva era Matricêntrica. A mulher era considerada um ser sagrado, porque pode dar a vida (linearidade) e, portanto, ajudar a fertilidade da terra e dos animais. Sociedade Matrilinear é o sistema de filiação e de organização social no qual só a ascendência materna é levada em conta para a transmissão do nome, dos privilégios, da condição de pertencer a um clã ou a uma determinada classe social. Nos grupos matricêntricos, as formas de associação entre homens e mulheres não incluíam nem a transmissão do poder nem a da herança, por isso a liberdade em termos sexuais era maior. Por outro lado, quase não existia guerra, pois não havia pressão populacional pela conquista de novos territórios. Com o passar dos anos, as ferramentas foram sendo aperfeiçoadas: a invenção da lança e, mais tarde, a do arco e flecha facilitaram bastante as caçadas.
O uso sistemático do fogo, possivelmente a cerca de 500 mil anos, passou também a distinguir o homem dos outros animais. Graças a ele, as cavernas e as moradias construídas pelos humanos contavam com uma fonte de luz, calor, proteção e o cozinhar dos alimentos. O homem do Paleolítico desenvolveu, também, a linguagem oral, a fala, apesar da longa demora para ser construída, foi um dos passos importantes na construção da humanidade, permitindo ao homem partilhar com seus semelhantes conhecimentos, experiências e sentimentos, tornando-se, assim, o fator decisivo no desenvolvimento da Cultura.
Analisar a Pré-História é observar um percurso que vai girando no tempo e desemboca nas Civilizações, nas cidades, no Estado Monárquico, nas guerras, nas artes. No continente africano foi descoberta a mais antiga ferramenta de pedra de que se tem notícia: uma faca de aproximadamente 2 milhões 600 mil anos de idade. Ela foi produzida pelo Australopithecus, primeira espécie a estabelecer o diálogo entre a mão e o cérebro, a transformar uma coisa em ferramenta. Esse período inicial de produção de ferramentas rudimentares de pedra é chamado de Paleolítico.
No Paleolítico, os grupos humanos eram nômades e viviam da pesca, da coleta de frutos e da caça aos pequenos animais para conseguir alimentos. Nessas sociedades não havia necessidade de força física para a sobrevivência, e nelas as mulheres possuíam um lugar central. A comunidade coletiva era Matricêntrica. A mulher era considerada um ser sagrado, porque pode dar a vida (linearidade) e, portanto, ajudar a fertilidade da terra e dos animais. Sociedade Matrilinear é o sistema de filiação e de organização social no qual só a ascendência materna é levada em conta para a transmissão do nome, dos privilégios, da condição de pertencer a um clã ou a uma determinada classe social. Nos grupos matricêntricos, as formas de associação entre homens e mulheres não incluíam nem a transmissão do poder nem a da herança, por isso a liberdade em termos sexuais era maior. Por outro lado, quase não existia guerra, pois não havia pressão populacional pela conquista de novos territórios. Com o passar dos anos, as ferramentas foram sendo aperfeiçoadas: a invenção da lança e, mais tarde, a do arco e flecha facilitaram bastante as caçadas.
O uso sistemático do fogo, possivelmente a cerca de 500 mil anos, passou também a distinguir o homem dos outros animais. Graças a ele, as cavernas e as moradias construídas pelos humanos contavam com uma fonte de luz, calor, proteção e o cozinhar dos alimentos. O homem do Paleolítico desenvolveu, também, a linguagem oral, a fala, apesar da longa demora para ser construída, foi um dos passos importantes na construção da humanidade, permitindo ao homem partilhar com seus semelhantes conhecimentos, experiências e sentimentos, tornando-se, assim, o fator decisivo no desenvolvimento da Cultura.
